O leitor de livros clássicos

Em “A arte de ler” de Émile Faguet, classifica os leitores em tipos de leitores e, como sou apaixonada pelos clássicos, trouxe o tipo que mais chama a minha atenção, obviamente: o leitor de livros antigos. Ou apenas, leitor de clássicos.

Mas antes de falar sobre o leitor de livros antigos, conheça os tipos de leitores, segundo Émile Faguet.

Tipos de leitores

Segundo Faguet, os leitores são divididos em:

• O leitor de narrações, por exemplo, o leitor de Alexandre Dumas;
• O leitor de romances realistas;
• O leitor de livros idealistas, chamados de romanescos, e aqui ele afirma que, normalmente, são mulheres.
• Os leitores de poetas, que, para ele é semelhante ao leitor de livros idealistas;
• O leitor de livros antigos, como Homero, Ovidio, Virgilio.

Se você me acompanha no Instagram e acompanha o meu projeto de leitura, sabe que as minhas últimas leituras foram de livros antigos.

E a experiência está sendo tão boa que tenho vontade de reler todos que já li. E ainda há tantos para ler…

Mas vejamos as características do leitor de livros antigos.

Características do leitor de livros antigos

Para Faguet, o leitor de livros antigos:

• é o tipo de pessoa que foi muito influenciada por seus primeiros estudos.
• é alguém que tem pouco interesse pela liteatura de seu tempo. Eu até tentei, gente. Juro. Mas literatura contemporânea não me atrai.
• é alguém com tendência para as artes, música, pintura. Isso não quer dizer que tenha aptidão para isso.
• tem por volta de 40, 50 anos. Eu estou bem perto dos 40, mas sempre me achei uma alma velha. Para piorar, sou capricorniana.
• nenhuma moda o influencia.

Em resumo:

tornou-se uma alma de todos os tempos, exceto o tempo em que vive. […] O leitor dos antigos é, então, estranho ao seu tempo sem ser hostil a ele.

É um homem muito feliz de não envelhecer, se isso é, como acredito, uma felicidade. Não percebe as mudanças que se operam no gosto público desde a juventude. Aprecia o que alguns, entre jovens e velhos, já apreciavam em sua juventude e o que alguns, entre seus contemporâneos e tambem entre os jovens, ainda apreciam. Esteve sempre acompanhado, nunca este só, e não está só aos sessenta anos quanto não estava aos vinte. Não duvida de que a literatura é a coisa mais instável do mundo. Não é muito vivo, como se diz, mas é como se tivesse escolhido, de uma vez por todas, entre o vivo e o eterno, e é o eterno que escolheu. É provavel que tenha a melhor parte, e está certo de que não lhe será tirada.

Você também se idntificou com alguma característica? Quer que eu faça um post com as características dos demais tipos?

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Alessandra Costa