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Paris é uma festa – resenha

Paris é uma festa é uma reunião de memórias de Ernest Hemingway da primeira época em que viveu em Paris.

Ernest Hemingway

Para quem ainda não conhece, Ernest Hemingway foi um escritor estadunidense, que começou a escrever aos 18 anos. Se alistou para lutar durante a Primeira Guerra Mundial, na qual foi ferido e condecorado.

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Ernest Hemingway

Ao retornar aos EUA trabalhou como repórter e depois voltou para a Europa. Durante os anos 1920, fez parte do grupo de expatriados americanos em Paris.

Hemnigway recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1954 e faleceu em 1961.

Paris é uma festa

Naquela época, sua vida era, então, muito simples. Como ele diz nos textos, pobre mesmo. Hemingway ainda não havia escrito um grande romance. Logo, não era reconhecido como grande escritor, embora outros escritores com quem se relacionava já vissem o seu talento.

A vida que Hemingway compartilha, através dos textos de Paris é uma festa, é de uma vida simples, humilde, que remonta a uma época em que ele e a esposa viviam contando moedas, economizando refeições. Mesmo assim, ele tinha boas relações com outros escritores, como: Gertrude Stein, Ezra Pound, Sylvia Beach, James Joyce, Scott Fitzgerald, entre outros. 

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Paris é uma festa, de Ernest Hemingway

No entanto, Hemingway se punha a escrever todos os dias. Acordava, lia o jornal, ia a um café, pedia um café-crème e então, começava a escrever.

Ele compartilha sua forma de trabalhar e até dicas de como escrever. Além disso, também há comentários seus sobre o trabalho de outros escritores, como: Dostoiévski, Katherine Mansfield, Tolstoi, Fitzgerald.

Hemingway conta que tinha o hábito de ler seus contemporâneos, mas depois isso mudou. Ele também tinha o hábito de passear pela cidade, assistir (e apostar) corrida de cavalos e esquiar.

Paris é uma festa é uma ótima recomendação para quem escreve ou deseja ser escritor, mas igualmente recomendado para os amantes da literatura.

Os textos que mais gostei foram:

  •  “Miss Stein pontifica”, sobre como começou a amizade com G. Stein;
  • “Evan Shipman no Lilas”, relato de seu encontro com Evan Shipman e também é o que ele mais fala sobre livros de outros autores; 
  • “Scott Fitzgerald”, narra seu primeiro encontro com Fitzgerald e também uma viagem com ele; 
  • “Os falcões não partilham sua presa”, sobre a relação de Scott e Zelda Fitzgerald; 
  • “Uma questão de medidas”, narra um episódio engraçado sobre uma particularidade de Fitzgerald.
  • “Paris continua dentro de nós”, em que ele relata as mudanças que a cidade e sua relação com ela vão sofrendo.

Em resumo, alguns textos gostei mais, outros menos. O “Scott Fitzgerald” me fez passar raiva. Até então, do Hemingway, eu só havia lido O sol também se levanta e foi um dos poucos livros de que não gostei. Tentei relê-lo há pouco tempo e não rolou. Apesar disso, ainda quero ler O velho e o mar.

Não posso deixar de comentar que a edição que li da Editora Bretrand, traz um pequeno álbum de fotos e tem tradução de Ênio Silveira.

Talvez me fosse possível escrever sobre Paris longe de Paris, assim como em Paris conseguia escrever sobre Michigan. Ignorava que ainda fosse cedo demais para isso, pois não conhecia Paris suficientemente bem. Mas tudo acabaria dando certo.

Também fica a recomendação da leitura da biografia do Max Perkins que foi editor do Hemingway.


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